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Centenas de ações culturais acontecem no Dia da Amazônia em todo o Brasil para pautar demandas sobre a emergência climática

Site: https://virada.amazoniadepe.org.br/

Foto: Bárbara Vale

Entre os dias 5 e 8 de setembro, na semana do Dia da Amazônia, será realizada a Virada Cultural Amazônia de Pé 2024, uma série de atividades culturais com ativistas socioambientais, que contam com apresentações artísticas, oficinas e debates. A Virada, que já acontece há dois anos, é promovida pelo movimento Amazônia de Pé e tem cerca de 340 ações confirmadas em todas as regiões do Brasil. Neste ano, o tema será a proteção das Florestas Públicas Não Destinadas da Amazônia e terá foco de incidência em grandes eventos que o Brasil é sede: o G20, que acontece no Rio de Janeiro, e a COP30, que será em Belém em 2025.

Desde 2022, ativistas da Amazônia de Pé de todo o Brasil organizam shows musicais, atividades para crianças, cine-debates, jantares, saraus, palestras e programações educacionais na semana do Dia da Amazônia. A Virada mobiliza pessoas de diferentes realidades e atuações em prol de um objetivo comum: criar um vínculo entre todos os que debatem a Amazônia e o clima.

Diante do cenário de polarização e tragédias causadas pela emergência climática - das secas no Rio Amazonas às enchentes no Rio Grande do Sul - a cultura se torna uma ferramenta para manter pessoas em diálogo e conectadas. Por meio de ações culturais, o movimento reúne diferentes pessoas e gerações para fazer chegar o debate sobre justiça climática, ampliar a conscientização sobre os seus impactos e aprofundar em soluções coletivas para a proteção de biomas, cidades, povos e culturas. A capilarização dessas ações culturais e a mobilização que elas provocam é fundamental para a cidadania, engajamento cívico e ritos democráticos, sobretudo para grande parte da população que historicamente tem dificuldade de acessar espaços institucionais.

Em 2024, a Amazônia de Pé irá elaborar uma carta, com demandas para a preservação do meio ambiente, a proteção de povos originários e a legislação sobre florestas públicas destinadas às negociações da COP30. A carta contará com a assinatura de mais de 350 coletivos e organizações que compõem o movimento e será desenvolvida durante a Virada Cultural Amazônia de Pé 2024. Após o endosso da carta, ela será entregue na Cúpula Social do G20, que será realizada entre 14 e 16 de novembro, para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

O intuito principal da carta é reivindicar que as negociações da COP30 englobem vozes e demandas de pessoas, movimentos populares do país, populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas, não se restringindo apenas à agenda do governo brasileiro e de grandes empresas.

“É importante que o Brasil entenda que o que acontece na Amazônia não fica só na Amazônia. Quando a floresta é derrubada, isso afeta cidades de todo o país, de norte a sul. A gente sente no preço da comida, na conta de energia, na falta de água, nas ondas de calor, nas secas e enchentes extremas. Por isso, é tempo de ação coletiva: brasileiros e brasileiras de todos os cantos precisam somar forças com a luta dos povos ancestrais e levar o debate sobre Amazônia e clima para redes, praças, ruas e rios de todo o país. E a cultura é fundamental para esse tipo de organização e mobilização”, reforça Daniela Orofino, diretora da Amazônia de Pé.

Karina Penha, gestora na iniciativa e ativista climática amazônida, afirma que “setembro é um mês crucial para quem defende a Amazônia e a pauta climática. De um lado, celebramos as culturas amazônidas e toda sua riqueza de identidades, cosmovisões e expressões artísticas. De outro, denunciamos os ataques contra a floresta, seus povos e o clima. É uma data de luta e resistência dos povos que resistem há séculos no território, e que cada vez mais convocam o apoio de brasileiros de todos os biomas”.

Encontre a ação mais próxima em: https://virada.amazoniadepe.org.br/

AMAZÔNIA DE PÉ

A Amazônia de Pé é um movimento pela proteção das florestas e dos povos da Amazônia, presente em redes, ruas e rios das cinco regiões do Brasil. Mais de 20 mil ativistas e de 300 organizações e coletivos de norte a sul do país fazem parte, incluindo juventudes, cientistas, povos indígenas, quilombolas, movimentos campesinos, periferias, espaços culturais e cidadãos preocupados com a preservação da floresta e o futuro do planeta. Mais informações: https://amazoniadepe.org.br/





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