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A ascensão das green skills na construção de uma força de trabalho mais sustentável

Por Glaucimar Peticov, Especial para Plurale

Em constante evolução, o mercado de trabalho reflete as necessidades das empresas e da sociedade, por isso é natural que as exigências de novas aptidões profissionais sejam contínuas. Desta forma, após o conhecimento e a valorização das hard skills (competências técnicas) e das soft skills (qualidades comportamentais), um novo grupo de habilidades conquista protagonismo. Trata-se das green skills, também conhecidas como “competências verdes”, em que os profissionais, mesmo não atuando diretamente nas áreas de sustentabilidade, podem colaborar com projetos desta natureza.

O tema, inclusive, foi discutido no Fórum Econômico Mundial, deste ano, em Davos. E segundo especialistas, o avanço para uma economia de baixa emissão de carbono, que compõe inclusive a agenda 2030 do Pacto Global da ONU, exigirá a criação de milhões de "empregos verdes", executados por pessoas com conhecimento ligados à crise climática e ao meio ambiente.

Já percebemos no mercado que essa tendência faz parte do processo de amadurecimento das áreas de ESG das empresas. Hoje, elas sentem a necessidade de estarem inteiramente alinhadas com temas de responsabilidade socioambiental e governança verde, por terem consciência da importância do papel das organizações em ações efetivas sobre esses temas. Por isso, as green skills não se restringem apenas a procura de vagas relacionadas a sustentabilidade, mas em diversos setores, como tecnologia e saúde que já buscam pessoas com essas qualificações.

O reconhecimento sobre a importância das green skills e o potencial de impacto positivo nas empresas já estabeleceu novos critérios nos processos seletivos. O relatório “Global Green Skills Report 2022” reforça o valor dessa competência ao mostrar que, em 2022, algo em torno de 10% dos anúncios de emprego pediam habilidades específicas, consideradas "verdes".

E quais seriam essas qualificações?

Entre as competências exigidas estão conhecimentos em descarte adequado de resíduos, reciclagem, energia renovável, economia circular e responsabilidade social corporativa. Em suma, o profissional que compreenda os impactos ambientais, sociais e econômicos advindos da atividade humana sobre o meio ambiente e a capacidade em propor estratégia capazes de mitigar seus efeitos.

As green skills precisam ser alinhadas as softs e hard skills, que incluem a capacidade técnica de trabalhar com tecnologia disruptiva e emergente, além de bom relacionamento interpessoal, comunicação, habilidade de negociação, de escuta e resolução de conflitos, tudo isso somado aos valores pessoais e objetivos de carreira dos profissionais. Ou seja, funcionários mais engajados em uma causa, em fazer a diferença no mundo, em ajudar a solucionar os desafios do presente e do futuro.







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2 comentários | Comente

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Raquel |
Aos poucos se desenha um novo mundo... Cada passo em direção à regeneração do planeta é valioso.

Luiz |
As áreas de RH e as empresas de head hunters têm um desafio grande pela frente. Estarão elas preparadas???

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