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Em declaração histórica, líderes do G20 se comprometem com taxação dos bilionários, combate às desigualdades e ação pelo clima

Declaração do Rio de Janeiro destaca tributação de bilionários, transição energética, apoio à COP 30 no Brasil e soluções para desafios globais, com foco em crescimento sustentável e combate à pobreza. Apoio a temas inéditos no fórum são a marca da presidência brasileira.

Luiz Inácio Lula da Silva durante aprovação do consenso da Declaração de Líderes do G20 do Rio de Janeiro | Foto: Foto: Ricardo Stuckert/PR

Inclusão social, combate à fome e a pobreza; apoio à tributação dos bilionários; medidas pela transição energética; reforma da governança global e celeridade nas ações pelo clima e apoio à COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que acontece em 2025 em Belém do Pará, no Brasil. Esses são os compromissos centrais da histórica Declaração de Líderes do G20 do Rio de Janeiro, divulgada nesta segunda-feira, 18/11.

O documento, que obteve consenso de todos os países-membros, reforça o papel do grupo por abordar os desafios globais e promover o crescimento forte, sustentável e inclusivo. Neles, os líderes reafirmam o compromisso com temas cruciais para o futuro global.

Os líderes enfatizam a importância de ações coordenadas para enfrentar as mudanças climáticas, promover transições energéticas justas e preservar o meio ambiente. Também destacam a necessidade de uma reforma abrangente na governança global, com o fortalecimento das Nações Unidas, a modernização da arquitetura financeira internacional, a promoção de um sistema multilateral de comércio inclusivo e o desenvolvimento ético da inteligência artificial.

Marca da presidência brasileira

Entre os destaques na agenda de inclusão social, combate à fome e à pobreza, a declaração destaca o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza; o apoio à tributação progressiva e ao compromisso de assegurar tributação apropriada dos bilionários. Pela primeira vez na história do fórum, o grupo se compromete a mobilizar recursos para saneamento básico e acesso à água potável e compreende o enfrentamento ao racismo e a promoção da igualdade racial no contexto de combate às desigualdades.

Reforço nas ações pelo clima

Os líderes do G20 destacaram a urgência de uma mobilização global contra as mudanças climáticas, reafirmando compromissos com o Acordo de Paris e as metas de neutralidade de carbono. Salientam a importância de aumentar o financiamento verde público e privado, especialmente para países em desenvolvimento, e defendem que a reforma da arquitetura financeira internacional pode apoiar as ações pelo clima.

Além disso, eles apoiaram as negociações da COP 29, que está em andamento em Baku, no Azerbaijão, e a futura presidência da COP 30, que acontece em 2025 em Belém do Pará, no Brasil. O G20 também demonstra apoio por um Novo Objetivo Coletivo Quantificado de Financiamento Climático (NCQG).

Na agenda de transições energéticas, os destaque estão para o chamado por investimentos para transições energéticas em países em desenvolvimento e o reforço do compromisso de eliminação gradual de subsídios ineficientes a combustíveis fósseis, além do compromisso de acelerar transições energéticas justas, limpas e sustentáveis.

Do Portal do G20.







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1 comentário | Comente

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Luiz |
Ótima cobertura PLURALE! Sobre as consequências da COVID, o impacto na economia atingiu em cheio milhões de pessoas. Uma tragédia. Como diz o documento:"Os avanços na redução da pobreza e erradicação da fome sofreram retrocessos significativos desde a pandemia de COVID-19. O número de pessoas que enfrentam a fome aumentou, atingindo o número impressionante de aproximadamente 733 milhões de pessoas em 2023". A destruição econômica na pandemia causou uma catástrofe social maior que as próprias mortes da doença, comorbidades e suas variáveis. Outro ponto que me chamou atenção:"G20 como o principal fórum de cooperação econômica internacional. Juntos, compartilhamos uma responsabilidade coletiva pela administração eficaz da economia global". Tivemos 40 países com líderes presentes. O mundo possui mais de 190 países. Representam o mundo? O documento peca em nada falar sobre CORRUPÇÃO dos agentes políticos e gestores públicos que administrarão orçamentos em prol do combate aos muitos probelmas mundias. Nem uma palavra sequer para combater a corrupção nos governos. Bem como fluxos de lavagem de dinheiro. Também percebi o texto com muitos adjetivos. Sempre me parece "sobrar texto e jargão da burocracia" e faltar o que vai ser feito de fato, com origem dos orçamentos e e a indicação real de onde será aplicada a verba. Documentos que pretendem resolver tudo, incluindo tudo no texto geralmente não se materializam de verdade na entrega final. Aguardemos a COP29 em Baku e seu texto final...estou descrente.

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