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“A COP30 será nossa última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático”, convoca Lula na última sessão temática da Cúpula de Líderes do G20 Brasil

Por Franciéli Barcellos/Site G20 Brasil

Na manhã desta terça-feira (19), Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República Federativa do Brasil e dos trabalhos do maior fórum de cooperação econômica do mundo, realizou, na Cúpula, seu último discurso relacionado aos eixos de discussão dos países neste ano. Ao tratar de inclusão social e combate à fome e à pobreza e da reforma das instituições de governança global ontem (18), no dia de hoje o tema da sessão é o desenvolvimento sustentável, as transições energéticas e a ação climática.

Entre os principais pontos de sua fala, a cobrança de uma maior responsabilidade com o tema por parte dos países desenvolvidos, reconhecimento dos povos indígenas e comunidades tradicionais como parte do pensar e fazer a proteção das florestas e uma proposição ousada de criação de um Conselho de Mudança do Clima na Organização das Nações Unidas (ONU), que articule diferentes atores, processos e mecanismos que hoje se encontram fragmentados.

“Nossa bússola continua sendo o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Esse é um imperativo da justiça climática. Mesmo que não caminhemos na mesma velocidade, todos podemos dar um passo a mais. Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metas de neutralidade climática de 2050 para 2040 ou até 2045. Sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais”, disse o presidente, em conformidade com a posição da presidência brasileira do fórum ao longo do ano de exigências de comprometimento do Norte com o Sul Global.

O presidente também convidou todos a, no próximo ano, fazerem da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a “COP da virada”, em sua palavras. “Não podemos adiar para Belém a tarefa de Baku. A COP30 será nossa última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático”, enfatizou ele.

Lula também adiantou que o país seguirá trabalhando com a ONU e com a UNESCO na Iniciativa Global pela Integridade das Informações sobre Mudança do Clima. Hoje à tarde, o governo brasileiro e os organismos internacionais lançam a Iniciativa, com uma conferência de imprensa agendada para às 13h30 (horário de Brasília), na Briefing Room 1 (área da Cúpula do G20).

Na Declaração, compromisso por ações urgentes

Na Declaração de Líderes do G20 Brasil aprovada e divulgada ontem (18), avanços importantes no tema estiveram em destaque, a partir do entendimento da urgência de uma mobilização global contra as mudanças do clima e seus impactos. Entre os compromissos assumidos, a aceleração de uma reforma da arquitetura financeira internacional de modo a cooperar com ações de desenvolvimento sustentável e de uma transição energética limpa, sustentável, justa, acessível e inclusiva, com olhar atento aos pobres e àqueles em situações vulneráveis, levando em consideração as diferentes circunstâncias nacionais.

Para além, outros dois importantes marcos estão no reconhecimento dos povos indígenas no tema florestal e no admitir das desigualdades de financiamento para as transições energéticas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os países signatários, no documento, prometem facilitação ao financiamento aos países em desenvolvimento para economias de baixa emissão de carbono.

No que toca aos demais eixos da Declaração, os destaques estão na inclusão social, combate à fome e à pobreza, a partir do lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza; o apoio à tributação progressiva e ao compromisso de assegurar tributação apropriada dos bilionários. Também, pela primeira vez na história do fórum, o grupo se compromete a mobilizar recursos para saneamento básico e acesso à água potável e apresenta o enfrentamento ao racismo e a promoção da igualdade racial no contexto de combate às desigualdades.







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